” Na entrada da cidade havia um castelo no topo de uma colina. De lá de cima podíamos ver a cidade de Palmira, um oásis em pleno deserto. Diferentemente de outras cidades antigas, as construções em Palmira eram de uma cor clara, um tom de areia que se destacava no deserto rochoso na região central da Síria. O guia/motorista que nos acompanhava não falava inglês, então nos comunicávamos através de gestos. Quando entramos no castelo nos divertimos entre os corredores e túneis que mais pareciam um labirinto. Lembro que haviam poucos turistas e muitas vezes ficávamos sozinhos naquela construção cheia de história.

Fiquei surpresa em ver um oásis, uma palavra que sempre ouvia falar e que agora estava a minha frente. Uma porção de terra coberta de vegetais e que dispunha de lençóis d’água para irrigação e que por isso possibilitava o desenvolvimento de pequenas vilas ou cidades.



Lembro que antes de chegarmos ao sítio arqueológico de Palmira passamos na cidade de Tadmor, que fica ao lado, e descobrimos que na cidade haviam dois hotéis que “brigavam” por hóspedes. A cidade na época tinha por volta de 70.000 pessoas. Agora está sob o domínio do Estado Islâmico.
Para chegar em Palmira que era governada pela cidade de Homs, passamos por grandes campos de gás o que torna a região atraente para o domínio do Estado Islâmico.

Segundo o site da Unesco Palmira é um monumento de ruínas de uma grande cidade que foi um importante centro cultural do mundo antigo. Do 1º ao 2º século, a arte e arquitetura de Palmira ocupou lugar de prestígio nas cruzadas de várias civilizações, construídas com técnicas grego-romanas, tradições locais e influência persa.
Palmira se estabeleceu como um oásis no caminho das caravanas no deserto e ficou sob o domínio Romano na metade do primeiro século DC. A cidade cresceu e se tornou importante como rota comercial ligando a Pérsia, Índia e China com o Império Romano.


Uma grande rua de 1.100 metros cheia de colunas, que atravessava a cidade e levava aos maiores monumentos públicos: o Templo de Ba’al, o Campo de Diocleciano, a Ágora, o Teatro e outros templos menores.

Lembro que o guia ( que falava inglês) nos contou que por aquele caminho já havia passado Alexandre “O Grande” e a Cleópatra.

O Teatro em Palmira é grandioso, muito bem conservado e mostra fielmente como eram os teatros de arena nas cidades antigas.




Nas colunas tinham desenhos de frutas e animais que simbolizavam saúde, felicidade, fartura, etc. O guia nos fez ver por debaixo de uma delas alguns símbolos.

Por sinal este era o guia. Um senhor muito gentil que parecia realmente conhecer a história da cidade. Com um lenço, ele me mostrou como as mulheres que viviam em Palmira antigamente usavam o adorno na cabeça.
